domingo, 24 de março de 2013

Definição de metas com base nos resultados gerenciais

 4,1 Estrutura gerencial de resultados
Estamos chegando ao último assunto do nosso primeiro módulo da cadeira de Administração Financeira I do curso de Administração. Esta é a primeira das quatro unidades que estudaremos. Nela conversaremos sobre a Estrutura Gerencial de Resultados.
Lembram do módulo anterior, quando estudamos sobre os fatores que influenciam o planejamento? Agora, vamos abordar como deveremos tomar determinadas decisões. Para isto, é necessário conhecermos, inicialmente, a estrutura gerencial de resultados da empresa.

Entender o que é a estrutura gerencial de resultados nos permitirá definir nossos objetivos afinados com a situação da empresa. Vamos fazer uma comparação, para ilustrar? É como um time de futebol quando está em completa sintonia, tanto todos os jogadores, como seu técnico. Um time está bem harmonizado quando aproveita todas as qualidades de cada elemento do conjunto (fatores internos – colaboradores) e ataca o time adversário em suas deficiências (fatores externos – concorrência).
O que vem å sua cabeça quando ouve a expressão: estrutura gerencial de resultados?
Ao final da unidade, todos os seus colegas e você estarão num mesmo nível de capacidade de discussão sobre o tema. Além de conhecer a estrutura de resultados da empresa, vocês poderão aplicar estes conhecimentos para estabelecer estratégias de definição de objetivos e também de critérios de desempenho de seus empreendimentos.























Está lembrando o que são as receitas de uma empresa? Esse elemento foi estudado nas primeiras unidades deste curso. Receitas são as vendas da empresa. Ou seja: o produto ou serviço acabado vezes o preço que vendemos.







Vamos elaborar a estrutura gerencial de resultados da empresa? De que forma você utilizaria essa ferramenta?
Se todos os empresários tivessem esse conhecimento, várias empresas que quebraram poderiam continuar existindo, não acha? E por que elas não quebrariam?
Exercício 4.1.1:
Depois de olhar algum tempo os termos e os conceitos, relacione os termos com o seu conceito correto.

Os cinco conceitos fundamentais de uma estrutura gerencial de resultados:
1. Receitas, como todos nós já sabemos, são as vendas da empresa.
2. Custos e/ou despesas variáveis totais são os gastos que variam de acordo com as vendas ou produção.
3. Custos e/ou despesas fixas são os gastos que ocorrem periodicamente e não variam com as vendas ou produção.
4. Margem de contribuição é a diferença entre receitas e custos variáveis.
5. Resultado operacional é a margem de contribuição menos os custos ou despesas fixas.


   
4.2 Análise e projeção de resultados

Saber analisar e projetar os resultados de sua empresa lhe trará muitas vantagens em relação àqueles concorrentes que não sabem o que isso significa. Além disso, vai colocá-lo em pé de igualdade com os que já fazem.
A análise e projeção dos resultados para empresa é semelhante a você conhecer a si mesmo e saber o que aconteceria se passasse por certas situações. Quanto maior o seu autoconhecimento, mais você pode prever as suas próprias reações, não é? Da mesma maneira, existem métodos para examinar e fazer a previsão de conjunturas em uma empresa, através da análise e projeção dos resultados.

A produção mensal é a quantidade de produtos finais fabricados por uma empresa. Quando está dito que 100% da capacidade produtiva foi utilizada, significa que todos os funcionários estão trabalhando, usando todos os recursos da empresa. E 5% de perdas, em média, é o mesmo que falar que de cada 100 doces fabricados, perdem-se 5 unidades.
Lembra-se do que quer dizer faturamento? É a quantidade de produtos vendidos vezes o preço de cada um deles. No faturamento, não abatemos qualquer custo ou despesa.
O que significa uma variação de vendas de 10 a 20%? Significa que o faturamento apresentado (R$ 20.000,00) pode ser de 2.000 (variação de 10%) a 4.000 (variação de 20%) maior ou menor, ou seja, pode ser qualquer valor entre: R$16.000,00 e R$24.000,00 a depender do mês considerado.
CUSTOS VARIÁVEIS
Os custos variáveis da Salgadinhos Doce Sabor eram os seguintes:
  • Impostos: 10% (Lembra do módulo 2 deste curso, Projetar Fluxo de Caixa, quando foi dito que esse percentual é apenas um exemplo? Pois é, para fazer os cálculos relacionados ao seu negócio, consulte seu contador sobre os impostos que sua empresa deve recolher)
  • Comissões de Vendas: 5%
  • Custo das matérias-primas: representava em média 35 a 40% do preço de venda do produto.
Você deve recordar o conceito de custos variáveis que tratamos na unidade passada (“Estrutura gerencial de resultados”) não é verdade?

Custos variáveis são aqueles gastos que variam com as vendas ou produção. Logo, todos estes valores variam com as vendas.
CUSTOS FIXOS:
Custos fixos são os gastos que não variam com as vendas, são fixos e necessários para permitir o funcionamento da empresa. Veja abaixo quais são os custos fixos da fábrica Salgadinhos Doce e Sabor.

Ao levantar esses dados, colocar todos eles no fluxo de caixa da fábrica, numa projeção para 12 meses.

   
FLUXO DE CAIXA



Depois de visualizar o fluxo de caixa vamos ver como preencher a estrutura gerencial de resultados

Tabela 2 – Estrutura Gerencial de Resultados

Estrutura Gerencial de Resultados

Contas
 R$ 
1. Faturamento
 R$     240.000,00
2. Custos Variáveis
 R$     127.800,00
Compras
 R$       91.800,00
Comissões
 R$       12.000,00
Impostos
 R$       24.000,00
3. Margem de Contribuição







Exercício:
Com o fluxo atual da fábrica Salgadinhos Doce Sabor elabore os dois planejamentos:
  1. Neste, você deve considerar o aumento de 10% nas receitas e o investimento de R$ 30.000,00
  2. Neste, você deve considerar a diminuição de 10% nos custos fixos atuais.
Para  auxiliar nos seus cálculos, você deve imprimir os dois modelos de planilha a seguir. O primeiro, proposto, prevê o aumento das receitas. O segundo, proposto, prevê a diminuição dos custos fixos da empresa. Imprima-os e complete com os dados apropriados.
  • Visualizar e imprimir o modelo um.
  • Visualizar e imprimir o modelo dois.
Preencheu sua planilha? Agora confira os resultados.
  • Visualize o gabarito do primeiro planejamento.
  • Visualize o gabarito do segundo planejamento.

PROVA DE VERIFICAÇÂO DE APRENDIZADO:
Na próxima aula vamos ter a nossa prova de verificação de aprendizado e o conteúdo vai ser: projetar o fluxo de caixa e a estrutura gerencial de resultados de sua empresa, para isso, utilizaremos o modelo de fluxo de caixa e da estrutura gerencial de resultados fornecido.


4.3 Análise de sensibilidade

Vamos entender o que é a análise de sensibilidade e como isto vai contribuir para melhorar a situação de sua empresa
Compreender o que é uma análise de sensibilidade e saber usá-la a favor de nossa empresa, aumenta muito nossa capacidade de gestão, dando-nos segurança e percepção na hora de decidir.
Porém, as pesquisas de falência de empresas em algumas capitais do Brasil, apontam a falta de conhecimento de administração financeira pelos seus donos como o principal motivo de seu fechamento. Se os proprietários destas empresas tivessem usado essas ferramentas gerenciais que estamos vendo nesse curso, tantos empreendimentos não teriam quebrado.
O que você entende por análise de sensibilidade?
Bem, se separássemos as palavras, análise e sensibilidade, como você definiria cada uma?

Análise é um estudo minucioso, detalhado. É a distinção e separação das partes de um todo, até chegar aos seus princípios, elementos, etc.
Mas, e sensibilidade? O que seria a sensibilidade em sua empresa? Uma dica, que pode ajudar você a entender isso, é que sensibilidade está relacionada a projeção dos resultados.
Lembra que projetaram seus  num fluxo projetando um aumento de 10% nas receitas e outro, projetando a diminuição de seus custos.
Colocando as projeções financeiras uma ao lado da outra para tomar uma decisão. Esse procedimento é exatamente a análise de sensibilidade. Simples, não? Nem tanto, pois a diferença do resultado das duas é pequena.
Veja, a seguir, as duas tabelas da estrutura gerencial de resultados, lado a lado:


Assim, podemos perceber que a análise de sensibilidade está diretamente relacionada com as projeções. E a sensibilidade é forma como a empresa se apresentará, se forem feitas certas mudanças em sua estrutura gerencial de resultados, ou, genericamente, nas entradas e saídas de recursos.
Pois bem, depois de ver a estrutura gerencial de resultados vamos colocar aqueles dados em uma só tabela. No quadro que veremos, está representada a análise de sensibilidade, na prática. O que se faz é comparar duas projeções com a situação atual, verificando os resultados disso para a empresa.
Ao final, fica bem evidenciada  a opção mais vantajosa. Há, também, uma terceira opção, que é a de aliar as propostas: aumentar a receita e também diminuir os custos fixos.  Veja como fica tudo isso, na tabela abaixo:



Depois de ter entendido como este conceito funciona, na prática, afinal, qual o conceito de análise de sensibilidade? É uma simulação que se faz com base nos resultados obtidos na estrutura gerencial de resultados, projetando-se aumentos na receita ou redução nos custos, a fim de obter melhores resultados líquidos, ou seja, lucro.
No caso o aumento das vendas e uma redução dos custos fixos. Para ver qual a melhor opção, utilizamos os dados atuais de sua empresa e substituem a receita total e o valor dos custos fixos. Fazemos isso para verificar quais seriam as variações no seu resultado operacional, ou seja, o lucro ou o prejuízo que resultaria. Neste caso, há lucro nas duas opções.

Podem-se simular diferentes situações como, por exemplo, a reversão de resultados negativos, ou seja, prejuízos. Pode-se também simular o incremento de resultados, ou seja, aumento dos lucros, conforme a capacidade de absorção do mercado.
O que isso quer dizer? Quer um exemplo? Podemos saber quanto precisaríamos vender para termos um resultado operacional de R$ 50.000,00 por mês. Para isso, basta manter todos os valores atuais e acrescentar, apenas no campo do faturamento, o adicional para chegarmos a R$ 50.000,00. A análise de sensibilidade também pode ser definida como uma simulação de novos resultados, com base em hipóteses de aumento de receitas ou redução de custos, a partir de uma apuração de resultados.

EPÍLOGO




“O silêncio é a oração dos sábios. Sem a oração do silêncio é impossível
pensar antes dereagir. Sem pensar antes de reagir é impossível não
cometer erros crassos.”

Boa noite e até a próxima aula, espero por voces.
Que DEUS nos abençoe a todos !

domingo, 17 de março de 2013

Fatores que influenciam o Planejamento




3.1 A importância do Planejamento


Vamos dar andamento em nosso programa agora em uma nova etapa. Estamos iniciando
a análise dos Fatores que Influenciam o Planejamento. Nesta primeira unidade, vamos
entender qual a importância do planejamento.
No módulo anterior, estudamos o fluxo de caixa. Lembra-se das informações vitais
que foram abordadas naquele assunto?
Pois bem, dessa vez, o planejamento vai ser o foco das nossas atenções. Planejar
pode tornar nossa rotina empresarial mais eficiente e interessante, você já reparou
isso?
A importância do planejamento é algo que precisa ser despertado em todo
empresário ou empresária do mundo atual. Para sua empresa permanecer na selva
da concorrência, é fundamental você dar a importância devida ao planejamento.
A gente ouve muito falar em planejamento, estratégia e tática. Para você qual a
qual a relação entre essas palavras?
Como se deu a necessidade do planejamento, ou seja, quando o ser humano
passou a perceber a importância de planejar?
Com certeza você já ouviu falar em planejamento, mas saberia explicá-lo para
alguém com suas próprias palavras?
Planejamento é o trabalho de preparação para qualquer empreendimento, no qual
se estabelecem os objetivos, etapas, prazos e meios para sua concretização. È um
processo no qual se organiza as informações e dados importantes, para manter a
empresa funcionando e poder atingir determinados objetivos. Estratégia é a arte de
aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos.
Tática, por sua vez, é uma atividade especifica realizada para atingir um objetivo.
No planejamento você vai bolar estratégias para chegar nos seus objetivos e aplicar
táticas para cada objetivo específico.
"Todos podem ver as táticas de minhas conquistas, mas ninguém consegue
discernir a estratégia que gerou as vitórias". Sun Tzu, no século IV a.C.
Agora, responda: existe diferença entre o planejamento de uma empresa e de uma
pessoa?
Por falar nisso, você já parou para pensar o quanto é importante fazer planejamento?
Sabia que as chances de sucesso do seu empreendimento podem aumentar
significativamente, se houver um bom planejamento?
A importância de um planejamento, é a ferramenta através do qual conseguimos
vislumbrar com bastante clareza os resultados que um negócio pode alcançar.
O planejamento é uma atividade presente no dia-a-dia das pessoas comuns. Porém,
existem diferenças sensíveis entre um planejamento pessoal e empresarial. Da mesma
maneira, existem diferenças sensíveis entre a engenharia de um edifício e a engenharia
de uma casinha de cachorro, concorda?
A razão mais comum que se usa para não fazer planejamento: a idéia errada de que
planejar é perder tempo. Quando uma pessoa vai ao supermercado e não faz uma lista de
compras, está confiando apenas na sua capacidade de lembrar o que está faltando em
casa. E então, o que acontece? Uma oferta aqui, uma liquidação acolá e, pronto! O
dinheiro vai embora, não é mesmo?
Confiar na nossa capacidade de lembrar de absolutamente tudo é superestimar* nossas
capacidades. Ninguém é super-herói para ter tudo planejado e calculado apenas na
memória, sem fazer um planejamento antes precisamos reconhecer nossos limites e
trabalhar de acordo com eles.
Um planejamento otimiza sua chance de sucesso. Ele não garante o sucesso, mas
colabora para a diminuição dos riscos. Isso porque, com o planejamento, os riscos são
efetivamente calculados.
Um plano pode ser operacional, para acompanhar o dia-a-dia da empresa, ou para
obter recursos. Neste último caso, será necessário o detalhamento de vários itens,
conforme a necessidade do investidor.
Um planejamento mostra como o empresário pode aproveitar uma grande
oportunidade. Mostra também como otimizar os recursos disponíveis, pois, quando
se planeja, pode-se visualizar cada parte da empresa. Ao mesmo tempo, o
planejamento nos permite ver a empresa como um todo, o que vai nos ajudar a
desenvolver métodos e estratégias* eficientes para o crescimento da empresa.
Veja, a seguir, algumas dicas importantes do seu “Jornal do Momento” sobre
planejamento empresarial:
• Seja objetivo e tenha clareza ao descrever as informações, tomando cuidado para
não omitir detalhes importantes.
• Tenha um foco claro de atuação. Caso vá realizar o plano para a compra de um
bem ou busca de recurso externo, você precisará definir claramente qual o retorno disso
dentro da empresa. Não apenas é só dar uma visão geral, mas também explicar em que
aquele bem ou capital irá contribuir para a ampliação do negócio.
• Não utilize termos excessivamente técnicos. Se tiver que utilizá-los por
causa da característica do seu ramo de atuação, explique-os claramente, para não
gerar constrangimentos por parte dos leitores. Não corra o risco de seu plano não
ser aceito por falta de entendimento.
• Projete suas vendas com base no mercado e não na produção. Não adianta
apenas analisar o quanto você pode oferecer ao mercado do seu produto ou
serviço, é preciso dimensionar a sua produção conforme a demanda.
• Não chute os números! Ao elaborar o seu plano, projete os custos e as
receitas com base no histórico que a empresa apresenta ou nos dados levantados
em pesquisa, sem inventar valores.
• Avalie os riscos percebidos no planejamento e já elabore as estratégias para
essas situações, mostrando preparação e atenção ao mercado.
• Muito cuidado com as afirmações que nada afirmam, ou seja, as informações
vagas. Todas as informações citadas no plano devem estar em conformidade com
os dados registrados.
A afirmação de que o planejamento não garante o sucesso, mas colabora para a
diminuição dos riscos, está passando a idéia de que o planejamento não é a
garantia de que o negócio vai dar lucro.
Ou seja, quando se planeja, muitas vezes não se percebe o que foi economizado,
pois o erro não aparece. Ao planejarmos, estamos ganhando tempo e dinheiro, mas
não podemos visualizar isso sem comparar com outras situações sem
planejamento.
Vimos, no início da unidade, que estratégia* é a arte de aplicar os meios
disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos. E na sua empresa,
como essa noção se aplicaria? Vamos lá! Por estratégia devemos entender a
capacidade de antecipar situações e comportamentos do mercado e de pessoas. Ao
saber quais as atitudes que nossos consumidores irão tomar, podemos aumentar
nosso faturamento, procurando atender melhor as suas necessidades. Simples e
útil!
“O segredo para uma boa análise financeira é sempre subestimar as receitas e
superestimar os custos”.
A última frase que eu disse lhe levou a pensar no que exatamente?
O que é subestimar receitas?
O que é superestimar custos?
Reflita mais um pouco sobre essas perguntas.
O que você estará fazendo quando estiver subestimando receitas e superestimando
custos?
Subestimar receitas é planejar-se para receber menos recursos e superestimar
custos é planejar-se para gastar mais dinheiro.
Você acha que uma empresa deve realmente agir assim?
Você já deve saber, na prática, o que é planejamento e de que maneira ele pode ser útil,
não é? Pois bem, agora vamos definir esse conceito para compreendê-lo mais
precisamente.
Planejamento é o processo de decisão dos objetivos da empresa, das mudanças nesses
objetivos, dos recursos utilizados para atingi-los e das políticas que deverão governar a
aquisição, utilização e disposição dos recursos.
Quantas informações, hein? Vamos dividir esse conceito em partes para entendê-lo
melhor. A primeira parte, o processo de decisão dos objetivos da empresa, das
mudanças nesses objetivos, dos recursos utilizados para atingi-los, diz respeito ao fim a
que a empresa se propõe, ou seja, qual é a vontade do seu dono.
Como toda empresa busca o lucro, este objetivo pode ser subentendido e não precisa
explicitamente estar presente no planejamento. Por exemplo, imagine uma locadora
de vídeos. Seu objetivo poderia ser conquistar apenas clientes selecionados, que
realmente apreciam cinema, oferecendo o melhor serviço da sua região. Para isso,
uma de suas ações deve ser atingir esse público alvo, ou seja, fazer uma campanha
de marketing especial, de forma a poder cadastrar, obter aluguéis de filmes e
fidelizar* essa clientela que é amante do bom cinema. Assim, ela se organizará para
atingi-lo.
A segunda parte da definição de planejamento, das políticas que deverão governar a
aquisição, utilização e disposição dos recursos, trata de como se deve fazer compras e
usar as mercadorias da empresa, segundo a decisão de seu dono. Em poucas
palavras: é a forma como a empresa deve funcionar.
Se usarmos ainda o exemplo da locadora de vídeos, esta parte de políticas abrange:
quantos exemplares de cada filme devem ser comprados; quantos exemplares destes
filmes serão em Blue Ray e quantos serão em DVD; a partir de que horas e até que
horas a locadora ficará aberta, quanto será cobrado por cada dia de atraso na entrega
de um exemplar alugado, etc.
Como essa locadora está voltada ao público direcionado e que geralmente entende um
pouco mais de cinema, sua política de intenções junto a esses clientes deve ser
bastante direcionada. Por exemplo, a locadora deve ter um vasto número de
exemplares de clássicos do cinema, além de filmes raros, que não são encontrados
facilmente em qualquer locadora. Seus funcionários devem estar treinados para poder
dar informações sobre cada um dos filmes, sua linha, seus diretores, pois o seu público
é mais exigente e realmente sabe sobre cinema, concorda?
Agora vamos falar um pouco sobre estratégia e tática, para também fixarmos estes
dois conceitos importantes.
Vamos voltar novamente a uma pergunta colocada no início desta unidade: o que você
entende por estratégia e de onde surgiu essa idéia? Você sabia que a noção de
estratégia surgiu da atividade militar?
Pois é, o antigo conceito militar define estratégia como sendo a aplicação de forças em
larga escala contra algum inimigo. Em termos empresariais, é a mobilização de todos
recursos da empresa, visando atingir os objetivos em um longo prazo.
Tática, por sua vez, é a subdivisão da estratégia. Em futebol e nos esportes em geral
sempre ouvimos falar em tática, quando se comenta sobre os procedimentos usados
pelo treinador para fazer uma equipe ganhar um título. Na Copa do Mundo de futebol,
então…Quantas vezes ouvimos os comentaristas usarem a expressão “esquema tático
da Seleção brasileira”?
Tática é um esquema específico de emprego de alguns recursos dentro de uma
estratégia geral. No caso da Seleção, a definição das jogadas e o posicionamento dos
jogadores em campo faz parte do esquema tático.
No caso de um restaurante, qual seria a tática para compor a estratégia de oferecer
serviço de buffets para empresas? Para chegar a isso, primeiro eles teriam que
conquistar os executivos, certo? Então a tática seria pesquisar as particularidades dessa
clientela para oferecer um cardápio executivo de qualidade, porém mantendo a sua
característica caseira. Depois, eles precisariam direcionar o seu marketing, enviando
bons folhetos de divulgação e, por fim, tornar esses clientes fiéis. Ficou claro?
Agora, que tal exercitarmos o que foi aprendido? Sabemos que para se elaborar um bom planejamento, de bolo”, mas podemos colocar em prática algumas dicas que empresas de sucesso utilizam para planejamento.
Considerando as dicas da manchete de jornal,selecione a principal dica que pode ser usada para financeiro de sua empresa.
Você sabia que, de uma maneira geral, as funções administrativas costumam ser classificadas em
planejamento, organização, direção e controle? Veja abaixo que funções são essas…








3.2 Analisando os fatores externos

Nesta unidade, o assunto foco é a análise dos fatores externos. Vamos aprender o que
são fatores externos e como devemos analisá-los.
Na unidade anterior, estudamos a importância do planejamento em uma empresa. Você
pôde observar as informações importantes que possui um planejamento. Viu como ele
pode melhorar o andamento de qualquer atividade, da mais simples à mais complexa.
Dessa vez, vamos estudar a análise dos fatores externos. Identificá-los pode ser
crucial para conquistarmos uma fatia do mercado, por exemplo. A análise dos fatores
externos faz parte do elenco* de procedimentos que todos empresários devem ter em
mente ao realizarem suas atividades. A sobrevivência mercadológica* depende
diretamente disso.
Para você o que são fatores externos?
Por que devemos fazer a identificação e a análise dos fatores externos?
É possível fazer uma análise de fatores externos, utilizando os seus conhecimentos ou é
necessária a presença de um especialista para fazer essa análise?
E você, realmente sabe dizer como a sua empresa está posicionada?
Sabe qual a sua capacidade de produção?
E os seus concorrentes, será que você realmente sabe quais são?
É bom ficar atento a essas questões, pois, quanto mais consciente da sua capacidade
interna e dos fatores externos que estão influenciando o seu negócio, melhor serão os
seus resultados.
Em outras palavras, como diziam os mais antigos: “só ponha o chapéu onde o seu braço
alcança!”
Conhecer os fatores externos é indispensável para o desempenho empresarial satisfatório,
pois você pode comprometer todo o cronograma de atividades de sua empresa se não agir
corretamente.
Hoje sabemos que os consumidores estão mais exigentes e não querem perder
tempo, muito menos dinheiro. Com a competitividade, não aceitamos mais pagar caro
por um serviço que não seja satisfatório. Você mesmo, também é consumidor(a), e
sabe muito bem a importância que se deve dar ao cliente.
Portanto, aqui vai uma dica importante conheça sempre o seu cliente, ou seja, quem
compra na sua empresa. Você precisa saber para quem vai vender, para poder
dimensionar* o mercado, antes de pensar em qualquer investimento.
Para esclarecer melhor esse ponto, pense no seguinte:
Você está satisfazendo bem os seus clientes?
Seja objetivo: você conhece as necessidades da sua clientela?
É preciso saber o que o cliente vai fazer com seus produtos e serviços. Qual a
importância que o seu cliente dá ao produto ou serviço que a sua empresa oferece?
Se puder responder isso, com certeza será muito mais fácil atender melhor às
necessidades do seu cliente e se tornar preferido por ele, dentre os seus concorrentes.
Afinal, se você conhece bem seus clientes, com certeza consegue ser mais eficiente
para eles do que os seus concorrentes!
Viu só, não é muito difícil se convencer da importância de identificar realmente quem
são os seus clientes. Mas, agora, você pode estar pensando:
"Tenho que conhecer os meus clientes.
Tenho que saber o que eles pensam e querem dos produtos e serviços que o meu
negócio oferece para planejar melhor o meu crescimento.
Mas...como devo fazer isso"
Pois bem, amigo, não existe nenhuma grande complicação por trás disso, listei
algumas ações que devem ser tomadas, que vão facilitar muito o seu planejamento:
1. Defina quem são as pessoas que compram os bens ou serviços da sua
empresa.
2. Defina o perfil se pessoa física, qual é o sexo, faixa etária, renda e
profissão, se pessoa jurídica, defina o tamanho da empresa, ramo de
atividade, volume de compras, etc.
3. Defina a região em que vai atuar, para não ficar atirando para todos os
lados.
4. Saiba exatamente o que é importante para o seu cliente na hora da compra. .
No exercício abaixo, você fará um pequeno levantamento das informações que poderão
ser úteis para montar o seu próprio plano de investimentos. Para isso, você deve avaliar
alguns fatores da sua empresa.
Quer um exemplo de plano de investimentos já montado? Veja a descrição da fábrica
Salgadinhos.
Agora, que tal colocar em prática todos esses conhecimentos?
Saber é uma coisa, fazer é outra, concorda?
Apesar de as duas ações estarem bastante interligadas, só realmente
concretizamos o que aprendemos quando praticamos esse aprendizado.
Modelo de Plano de Investimento da fábrica Salgadinhos Doce Sabor (já preenchido)
PLANO DE INVESTIMENTO
Faça um levantamento com os dados da sua empresa:
a) Caracterize sua empresa.
A empresa Salgadinhos Doce Sabor é uma empresa que foi constituída há dois anos. Sua
atividade principal é a fabricação de salgados congelados, acondicionados em
embalagens práticas e adequados às necessidades dos clientes.
Temos uma capacidade instalada para a fabricação de 70.000 salgados/mês. O principal benefício
é a garantia da qualidade, uniformidade e o prazo de validade ampliado, comparando-se aos
salgados fabricados manualmente, isso porque seu processo de fabricação é totalmente
industrializado.
Os principais clientes da empresa são os supermercados “Serve Sempre” e “Sacola da Fartura”,
que absorvem 50% da produção atual, e as lanchonetes de pequeno porte.
Os principais concorrentes são as empresas Salgadão S/A, que hoje é a líder do mercado,
produzindo atualmente em média 500.000 salgados/mês, e a Boa Massa Salgados, que
produz em média 20.000 salgados/mês.
Nossa Missão:
Oferecer uma opção em alimentação prática, fabricando salgados congelados, focando a
eficiência de nossos processos, visando a satisfação de nossas clientes, bem como a
excelência na relação com nossos parceiros e colaboradores, buscando o crescimento da
empresa e a preservação do meio ambiente.
b) Defina o porquê do seu investimento.
Estamos buscando esse recurso para a aquisição de uma máquina embaladeira, dois
freezers, uma balança eletrônica e uma máquina para corte de massa, que poderão
atender a um aumento em nossa demanda e gerar um aumento em nosso faturamento
que pode chegar até 20% acima do atual. Estamos projetando apenas um aumento de
10% das receitas em nosso fluxo de caixa, para termos uma estimativa bem modesta.
c) Dimensione o montante do investimento.
O Valor total do investimento será de R$ 30.000,00, distribuídos da seguinte maneira:
Maquina embaladeira R$ 5.000,00
2 Freezers R$ 9.000,00
Maquina para corte de massa R$ 12.000,00
Balança eletrônica R$ 4.000,00
d) Faça um cronograma de implantação.
O investimento será feito todo de uma só vez, pois os equipamentos dependem um do
outro, para o aumento da produção.
e) Faça a projeção do fluxo de caixa.
Fluxo de Caixa
f) Faça a análise de viabilidade: a estrutura gerencial de resultados e a análise dos
indicadores de desempenho.
Estrutura Gerencial de Resultados
Contas R$
1. Faturamento (Receitas Totais) R$ 264.000,00
2. Custos Variáveis R$ 140.580,00
Compras R$ 100.980,00
Impostos R$ 13.200,00
Comissões R$ 26.400,00
3. Margem de Contribuição R$ 123.420,00
4. Custos Fixos R$ 102.000,00
5. Resultado (lucro ou prejuízo) R$ 21.420,00
Lucratividade = 8,11%
Rentabilidade = 37,4%
Prazo de retorno do investimento = 2 ANOS E 8 MESES
Ponto de Equilíbrio = 82,64%
g) Faça a conclusão do plano.
Diante dos números apresentados, calculamos que, em menos de 3 anos, teremos todo o retorno
do capital investido e podemos ainda considerar que essa análise foi feita com base em um
aumento de receitas de 10%. Entretanto, temos uma procura ainda maior do que a projeção que
fizemos, podendo aumentar nossas vendas em até 20%. Sendo assim, concluímos que o
investimento é viável.
Dica: Esses cálculos poder ser feitos utilizando o fluxo de caixa, identificando os custos
diretamente ligados aos produtos e serviços. E ainda procure realizar pesquisas, para
comparar seus preços com o mercado.


3.3 Fatores internos da empresa


Na unidade anterior, estudamos os fatores externos e como são analisados. Agora, vamos
estudar seu inverso. Se você fixou as informações necessárias para analisar os fatores
externos, verá que os passos são bem semelhantes aos abordados no capítulo anterior,
porém com uma mudança de perspectiva*.
Entender quais são nossos fatores internos e como utilizá-los na dinâmica do mercado é
algo de relevância fundamental nas atividades empresariais. A análise dos fatores
internos é algo necessário na relação de procedimentos que um empresário deve ter em
mente ao realizar suas atividades. Assim como os outros aspectos, este completa o
conjunto de conhecimentos necessários para sua permanência no mercado*.
Depois que conversamos sobre fatores externos, você já deve ter idéia do que sejam
os fatores internos. Então, responda para si mesmo:
Para você o que são fatores internos?
Quais seriam os fatores internos da sua empresa?
Quais as diferenças entre eles?
Por que devemos fazer a identificação e a análise dos fatores internos?
Com certeza sempre há o que aperfeiçoar…por exemplo: uma mesma tarefa pode
ser feita gastando-se menos e rendendo-se mais.
Há quem acredite que, para melhorar o processo produtivo, é preciso mais
investimento em dinheiro. No entanto, às vezes, a mudança na arrumação de uma
sala, uma melhor organização nos horários dos funcionários ou uma campanha de
racionamento já fazem maravilhas.
Pequenas medidas podem fazer a diferença na melhoria da produtividade e, para
isso, não é preciso, necessariamente, investir dinheiro. O ideal é que você consiga,
cada vez mais, diminuir os gastos e, ainda assim, melhorar a produção.
Outro fator que deve ser observado na análise dos fatores internos da sua empresa
são os recursos humanos.
Como estão as pessoas que trabalham com você?
Motivadas e eficientes?
Ou se acomodaram e não produzem com o mesmo pique do início?
Será que precisam aperfeiçoar a técnica, fazer um curso para melhorar suas
habilidades?
Pois é, amigo, lidar com pessoas não é tarefa das mais fáceis. Cada um tem as suas
próprias demandas, seus momentos de baixa produtividade, suas dificuldades. Porém, isso
deve ser contornado para que a produção não pare, concorda?
Antes de mais nada, é bom ter em mente alguns procedimentos que devem ser praticados na
área de recursos humanos para evitar problemas:
1. Verifique se os funcionários passam por aperfeiçoamento constante.
2. Questione se a contratação deles foi por competência ou pelo menor valor de
mercado.
3. Avalie a experiência anterior.
4. Avalie se o pessoal é prestativo, simpático de boa apresentação pessoal e como
se porta diante do cliente.
Agora, vamos analisar outro fator interno importante em qualquer empreendimento: a área de
vendas!
• Procure saber como está a comunicação interna e externa, ou seja, se as
informações que são passadas pelos clientes, chegam a outras áreas da
empresa;
• Avalie se as vendas estão sendo supervisionadas;
• Analise se os clientes estão com suas expectativas satisfeitas;
• Supervisione se existe sazonalidade nas vendas;
• Se existir sazonalidade, verifique as estratégias para combater as épocas
difíceis, quando as vendas naturalmente caem.
Depois de analisar as vendas, agora é a vez do marketing. Hoje ouvimos muito falar
dessa palavra, que parece mágica, diante de tantas vantagens que anunciam em seu
nome. Claro, como qualquer outro fator interno, pode auxiliar bastante o crescimento do
seu negócio, se bem aplicado!
Mas, afinal, o que esse termo significa? Marketing* é o processo de planejamento,
execução, comunicação e distribuição de ideias, bens e serviços, de modo a criar trocas
que satisfaçam objetivos individuais e organizacionais.
Em outras palavras, o marketing pode ser muito útil se, antes, forem definidas ações
corretas. Quer saber quais são elas? Veja abaixo:
• Definir o público-alvo;
• Elaborar um plano de marketing.
• Definir o veículo de propaganda;
• Avaliar a relação custo-benefício.
Agora, o trabalho é com você! Esta unidade nos ensinou muito sobre aspectos internos, não é
verdade?
Pois bem, chegou a sua vez de analisar o negócio. Faça um levantamento dos aspectos
internos da sua empresa (produção, vendas, marketing e recursos humanos). É
interessante fazer o levantamento dos aspectos internos e externos (mercado consumidor,
concorrente e fornecedor), antes de elaborar o seu planejamento financeiro.
Como deve ser feito esse levantamento? Você deve descrever no campo apropriado como
está cada setor da empresa. Como está a produção? Há desperdício ou sobra de
material? Quanto tempo é necessário para o produto estar pronto? Há desperdício de
tempo?
Como está o setor de recursos humanos? As pessoas que trabalham estão motivadas? O
trabalho delas é reconhecido? Elas maximizam os recursos, ou seja, procuram evitar
desperdício? Tudo isso deve ser descrito. Vamos lá!
1) Produção
2) Recursos Humanos
Agora, você vai seguir a mesma orientação dada no passo anterior e descrever como está
a área de vendas e o marketing sua empresa. Sua empresa tem um vendedor? De quanto
em quanto tempo é feita uma venda? A empresa tem procurado novos mercados de
atuação, para ampliar as vendas?
No campo marketing faça o mesmo, descrevendo, por exemplo, as ações de divulgação e
promoção que têm sido feitas para que a empresa se torne conhecida e bem vista no mercado.
De que forma divulga a empresa? Há um plano de marketing? Está conseguindo atingir o seu
público alvo? Se preocupa com a opinião do cliente? Descreva tudo isso e o que mais puder
identificar.
3) Vendas
4) Marketing

EPÍLOGO
 


“O silêncio é a oração dos sábios. Sem a oração do silêncio é impossível pensar antes de
reagir. Sem pensar antes de reagir é impossível não cometer erros crassos.”

Boa noite e até a próxima aula, espero por voces.

Que DEUS nos abençoe a todos !
,

Inteligência Financeira



quarta-feira, 13 de março de 2013

Glossário - Administração Financeira



A
Abstrato
Que utiliza abstrações, que opera com qualidades e relações, e não com a realidade sensível.
Ajustes
Acordo, trato, combinação, convenção, pacto, ajustamento.
Aliar
Reunir, juntar, associar; combinar.
Ambiente Favorável
é um conjunto de variáveis que favorecem o empreendedorismo e as atividades empresariais dos pequenos negócios em um determinado território.
Amortizações
Ato de amortizar; Cada uma das parcelas das dívidas amortizáveis.
Amortizar
extinguir dívidas aos poucos ou em prestações. Abater. Em: Novo Dic. Aurélio.
Arranjos produtivos
são parte de cadeias produtivas. São aglomerados de agentes econômicos, políticos e sociais, localizados em um mesmo território, operando em atividades correlacionadas e que apresentem vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem
Atividades operacionais
Atividades relativas às operações da empresa. Por exemplo: No caso da fábrica de doce são as atividades de fabricação dos doces.
Atuação
Ato ou efeito de atuar.
Avaliação acurada
Uma avaliação cuidadosa. Análise esmerada.
Avaliação de desempenho
Análise do desempenho operacional de uma empresa.
C
Caixa
Pode ser o caixa da empresa, ou seja, o dinheiro que entra e saí no dia-a-dia. Ou pode ser a conta caixa da contabilidade que aparece no Balanço Patrimonial.
Capital
É o investimento constante feito pelos proprietários de uma empresa.
Capital de giro
Recursos necessários para financiar os gastos de uma empresa durante seu ciclo produtivo, ou seja, até o recebimento do produto das vendas.
Capital de terceiros
São recursos provenientes de outras origens sem ser a atividade de fim da empresa e ou dos sócios da empresa.
Capital Empresarial
força empreendedora, capacidade empresarial, número de empresários existentes em um certo território.
Capital Inicial
Primeiro recurso utilizado pelos proprietários para investimento em um novo negócio.
Captação de Recursos
É toda e qualquer busca de recursos financeiros e materiais para a empresa.
Ciclo operacional da empresa
É o conjunto de operação de curto prazo de uma empresa. Estas operações são basicamente a compra de materiais com os fornecedores e as vendas dos produtos para os clientes.
Computados
Calculados, orçados: Confrontados, comparados; cotejados; Contados; incluídos.
Controle bancário
Tem como objetivo registrar as entradas e saídas de recursos financeiros na conta bancária, possibilitando manter-se atualizado o movimento no período.
Custo
Preço pago pela aquisição ou produção de um bem.
Custos fixos
Gastos que não variam com as vendas, ocorrem periodicamente e são necessários para o funcionamento da empresa.
Custos Variáveis
Gastos que variam de acordo com as vendas ou produção.Déficit
D
Demanda
Conjunto de pessoas ou empresas que desejam comprar um determinado bem ou serviço.
Despesas
Demais valores monetários não aplicados diretamente na produção de bens/ serviços e/ou compra de mercadorias. Ex.: Aluguel.
E
Elenco
Lista, rol; Catálogo, índice.
Embasar
Fundar-se, fundamentar-se, basear-se.
Entradas
Investida, arremetida; Primeiro pagamento numa venda parcelada, num negócio, etc.
Escassez
Qualidade de escasso; pouca abundância; Falta, míngua, carência, privação.
Estratégia
Arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos.
Estrutura gerencial de resultados
Busca demonstrar verticalmente e didaticamente como se chegou no lucro líquido da empresa.
Excesso
Diferença para mais entre duas quantidades; Aquilo que excede ou ultrapassa o permitido, o legal, o normal; Sobra, sobejo; Redundância
F
Falir
Suspender os pagamentos; não ter com que pagar aos credores; Ser malsucedido; malograr-se, fracassar.
Financiamento
Ato de financiar; Importância com que se financia alguma coisa.
Fluxo de caixa
Quantificação, em valores e ao longo do tempo, das entradas e saídas previstas para a sua empresa. Normalmente, é obtido por uma tabela onde inserem-se os valores que entram (receitas) e saem (despesas) da empresa, seus respectivos fatos geradores (motivos, rubricas) e o momento (data) em que ocorrem. É um instrumento muito útil para o gerenciamento da vida financeira da empresa, pois permite precisar quando haverá sobras (dinheiro em caixa, saldo positivo) e faltantes (volume de pagamentos maior que o de recebimentos, o que gerará necessidade de aportes ou empréstimos para cobrir os “furos”).
G
Garantias
Direitos e privilégios dos cidadãos conferidos pela Constituição dum país.
Gastos
Aquilo que se gastou ou consumiu; despesa, dispêndio.
Gastos subjacentes
São os gastos que estão por trás de algo. Por exemplo: os gastos subjacentes numa fábrica de doces são aqueles desembolsos realizados para fabricação dos doces.
Gestão
Ato de gerir, administração, direção, gerenciamento.
I
Implantadas
Introduzir; inaugurar; estabelecer.
Incrementar
Tornar mais apurado, mais elaborado.
Incremento
Ato de crescer, de aumentar.
Indicadores de desempenho
A utilização dos indicadores possibilita comparações com outras alternativas de investimentos, tanto no campo de aplicações financeiras, quanto em outros campos.
Inserção
Introdução, implantação, intercalação ou inscrição.
Interagir
Agir mutuamente, exercer interação; interatuar.
Investimento
Aplicação de dinheiro (em títulos, ações, imóveis, etc.), com o propósito de obter ganho; O resultado de tal aplicação; Dispêndio destinado a aumento de capacidade produtiva – Os lucros foram aplicados em investimentos, tendo-se ampliado a fábrica.
J
Just in time
Expressão inglesa que significa em tempo ágil. Geralmente diz-se do estoque de uma empresa.
L
Liquidez imediata
É a disponibilidade que uma empresa tem de utilizar seu capital imediatamente sem precisar fazer qualquer operação.
Lucratividade
Determina a parcela das receitas operacionais que representam o lucro do negócio.
Lucro
Rendimento do capital investido em atividade produtiva.
Lucro desejado
Ganho desejado, projetado.
M
Marketing
Conhecimento e estudo do mercado.
Mercado
são os clientes atuais e potenciais, nacionais ou internacionais, para a compra da produção do território. Pode ainda ser definido como uma instituição, um espaço onde se dão as transações, as trocas, onde se efetua a intermediação entre produtores de bens e serviços e compradores desses bens e serviços.
Mercadológica
Diz-se de algo relacionado ao mercado.
Montante
Soma, importância, monta.
Movimento diário
Constitui-se numa seqüência de gastos e recebimentos efetuados durante um determinado período.
O
Operacionalização
É a padronização das atividades no sentido de torná-las mais eficientes.
Orçamento
Cálculo da receita que se deve arrecadar num exercício financeiro e das despesas que devem ser feitas pela administração pública, organizado obrigatoriamente pelo Executivo e submetido à aprovação das respectivas câmaras legislativas.
P
Paradigma
É um modelo, um padrão que as pessoas seguem.
Patrimônio
Bem, ou conjunto de bens culturais ou naturais, de valor reconhecido de uma empresa.
Perecer
Opinião ou juízo sobre algo.
Perfil
Contorno ou delineamento do rosto de uma pessoa, visto de lado;conjunto de características.
Permeiam
Penetrar, atravessar, traspassar, trespassar.
Perspectiva
É um panorama, uma expectativa sobre alguma coisa.
Pessoa física
É a pessoa como conhecemos, diferente da pessoa jurídica que representa um conjunto de pessoas como a empresa. Por exemplo: pessoa física é o Jorge da nossa história, enquanto que a pessoa jurídica é a fábrica de doces.
Planejamento
Trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados; planificação.
Prazo
Espaço de tempo durante o qual deve realizar-se alguma coisa.
Presteza
Ligeireza, prontidão; Rapidez, agilidade;
Provisionar
Conceder provisão a alguém para exercer, como prático, certas profissões.
Prudente
Cauteloso, previdente, precavido.
Público alvo
Segmento do público ao qual se destina uma mensagem específica.
R
Receitas
Quantia recebida, ou apurada, ou arrecadada; produto, féria, renda.
Recursos adicionais
São capitais não esperados pelos sócios ou fora da programação financeira.
Recursos Financeiros
São os recursos em dinheiro que uma empresa possui.
Reinvestido
Investir novamente.
Reserva de capital
Pode ser uma conta do Balanço Patrimonial da empresa ou simplesmente uma reserva de dinheiro determinada pelos sócios.
S
Saídas
São desembolsos de capital em uma empresa, são os gastos.
Segmento
Porção de um todo; seção; Porção bem delimitada, destacada de um conjunto.
Superdimensionaram
É dimensionar algo para maior, é esperar uma quantidade maior de alguma coisa.
Superestimar
Estimar muito ou em excesso.
Suprir
É atender, satisfazer.
T
Tática
Processo empregado para sair-se bem num empreendimento, ações.
V
Vislumbrar
É imaginar algo que ainda não aconteceu, criar uma imagem.

domingo, 10 de março de 2013

Projetar o Fluxo de Caixa



2. Projetar o Fluxo de Caixa



 2.1 O Caixa da Empresa
Eu estou aqui como seu parceiro para continuarmos nosso Curso de Análise e Planejamento Financeiro. Na última unidade, nós conversamos sobre os conceitos da administração financeira, investimentos e sua necessidade na empresa. Agora, vamos estudar como nos organizamos para administrar o nosso fluxo de caixa e podermos fazer investimentos e administrar outros gastos.
 
Como estamos vendo, precisamos ter muita consciência da importância do fluxo de caixa em toda empresa. Não são apenas os grandes empreendimentos que precisam desse controle, mas qualquer empresa, inclusive os pequenos negócios.
O Fluxo de Caixa ajuda a gente a controlar o capital de giro*, identifica os problemas que poderemos enfrentar e ainda faz parte de um planejamento. Imagine, Paulo, se a fábrica de salgadinhos de vocês funcionasse sem  nenhum planejamento? Em pouco tempo, os problemas começariam a aparecer…
A utilidade do fluxo de caixa em uma empresa é o planejamento, programar para realizar gastos* e receber receitas*, sem haver excesso* ou escassez* de capital*. Isso é fundamental para tornar um negócio ainda mais organizado e lucrativo.
O capital de giro é o montante* de dinheiro necessário para cobrir o ciclo de dias que a empresa tem desde a compra da mercadoria, ou matéria-prima, até o seu recebimento. É também uma reserva para manter as atividades operacionais* da empresa por um período determinado, até que haja receitas.
Outra função importante do fluxo de caixa, que é permitir o controle das atividades do ciclo operacional da empresa. Ciclo operacional são todas as atividades de compra e venda de mercadorias e serviços da empresa em curto prazo*. Isso permite que o empresário antecipe a decisão de reposição de estoques, por exemplo.  
Perceberam a importância de um elemento importantíssimo para o planejamento financeiro de qualquer empresa. Esse elemento é o fluxo de caixa. 
De que maneira se organiza para honrar seus compromissos empresariais?
Analise…Provavelmente você já faz uma programação financeira para realizar seus pagamentos. O fluxo de caixa vai tornar essa programação que você já faz mais adequada às suas necessidades, lhe dando menos trabalho na tomada de decisão.
Você está notando o quanto é indispensável conhecer todas as possibilidades de fontes de recursos para o crescimento da sua empresa?
O caixa da empresa é o capital de liquidez imediata*. É algo que você deve dispor para cumprir suas obrigações. Por exemplo: se sua empresa ocupa um determinado imóvel, com certeza você deve ter alguns gastos fixos por mês: contas de água, luz, telefone, condomínio e aluguel (caso você não seja proprietário), além de muitos outros gastos de manutenção.
Para cobrir esses gastos, você precisa ter uma soma em dinheiro. Esses gastos não podem ser adiados, portanto você precisa dispor desse valor seguramente a todo início de mês. O caixa da empresa é exatamente o dinheiro destinado para esses gastos e outros mais imediatos.
Se você já sabe o que significa o caixa de uma empresa, fica mais fácil entender o que é um fluxo de caixa. Não é nenhum bicho de sete cabeças, pois, na prática, os controles do fluxo de caixa de uma empresa são bastante simples. Porém, o empresário deve ter o cuidado de analisar e manter os registros atualizados de forma que identifiquem claramente a posição atual e futura da empresa.
A administração do caixa compreende não só o lançamento histórico das entradas* e saídas*, mas também as previsões de entradas e saídas  e o controle dos recursos disponíveis. Desta maneira, você consegue ter uma previsão mais prolongada da vida financeira do seu negócio. Pode prever quanto  e quando poderá investir em equipamentos novos, por exemplo.
Administração dos recursos em caixa

Pois é, se os registros são feitos corretamente, fica muito mais fácil administrar as contas. Aliás, o objetivo do fluxo de caixa é exatamente acompanhar o fluxo de entradas e saídas previstas de dinheiro, bem como a sua manutenção.
Que tal usar a imaginação? Como você reagiria se acontecesse um imprevisto em seu negócio, que lhe exigisse utilizar recursos além da sua programação mensal? É importante estarmos preparados, administrando bem os nossos recursos, para que um imprevisto não nos abale tanto.
Agora, imagine se, de repente, um equipamento indispensável em seu negócio se danificasse e você tivesse que repor…Com certeza a compra deste novo equipamento iria rebater de alguma maneira no seu orçamento mensal, não é mesmo? De que maneira você conseguiria medir esse impacto? Será que a compra de um novo equipamento iria resultar, a longo prazo, em insuficiência de recursos no seu caixa?

Agora, imagine se, neste mesmo mês em que houve o dano no equipamento, o fluxo de entradas diminuísse. Analisando o fluxo de caixa, com certeza a solução para essas questões ficam mais claras. Você pode decidir, por exemplo, fazer a compra do equipamento novo em várias prestações ou, então, comprar este mesmo equipamento já usado, e negociar os prazos de pagamento.

Como você viu, o fluxo de caixa é um instrumento capaz de fornecer o conhecimento dos momentos exatos em que surgem as insuficiências de caixa. Possibilita ainda que a empresa recorra às fontes de capital para sanar falhas com bastante antecedência, ou mesmo resolver algum acidente de percurso, como no exemplo da quebra de um equipamento.
Agora, vamos imaginar o contrário: excesso de dinheiro em caixa. É uma situação bastante interessante, não? Se a sua empresa estivesse nesta situação, o que você faria?
Cuidado, pois é aí que muita gente acaba esgotando suas fontes de recursos! A verdade é que a maioria das pessoas são mais tentadas a gastar, e muito pouco acostumadas a poupar ou investir.
Muitos pensam que basta ter dinheiro sobrando para que todos os problemas deixem de existir. Não é bem assim: se não há controle, em  pouco tempo o dinheiro é mal gasto e logo a empresa perde a sua reserva.
Portanto, ao observar a existência de saldos excessivos de caixa, você deve ter astúcia e, antecipadamente, pensar em usos alternativos para esses recursos, visando aumentar e maximizar os seus lucros*. Afinal, este é o objetivo de qualquer empreendimento!
Se não for preciso usar o dinheiro para o pagamento imediato de compromissos, deve-se pensar em investir os fundos extras em títulos, em curto prazo. É importante verificar se, pelo tempo que a aplicação será feita, ela terá rentabilidade.
Você já deve saber que sobre aplicações financeiras incide o IOF (Imposto de Operações Financeiras). Por isso, é sempre bom avaliar o quanto você pagará de impostos por uma aplicação, principalmente se for investir num prazo inferior a 90 dias. Fique ligado(a) nesses detalhes!
Agora vamos revisar os objetivos que podem ser alcançados com o fluxo de caixa, assunto que estivemos estudando ao longo desta Unidade. Você está lembrado(a) quais são eles?
É importante chamar a atenção para um fato importante: qualquer empresa, seja ela de micro, pequeno, médio ou grande porte, deve utilizar o fluxo de caixa.  Não é uma ferramenta restrita às grandes empresas..
O fluxo de caixa utiliza informações de médio e longo prazo como ferramenta para  alcançar algumas metas. Veja abaixo quais são elas:




2.2 Fluxo de Caixa

Vamos continuar o nosso Planejamento Financeiro? Dessa vez, vamos aprender de forma mais detalhada como fazer um Fluxo de Caixa.

Na unidade anterior, estudamos o que é um fluxo de caixa e qual sua importância no dia-a-dia empresarial, essa ferramenta é útil para qualquer empresa, independentemente do tamanho, lembra? Agora, vamos compreender como um fluxo de caixa é elaborado.

Por falar nisso, você já fez um fluxo de caixa antes? Qual foi seu primeiro passo?
Se nunca fez antes, de que forma você construiria um fluxo de caixa?  Não se preocupe agora, pois iremos primeiro aprender a fazer juntos. Vamos iniciar?
Às vezes uma empresa pode estar com um bom saldo bancário, mas pode não estar em uma boa situação financeira e vice-versa.
Muitas vezes um empresário tem um saldo enorme no banco, mas está pagando suas contas depois dos vencimentos. Ou então, num momento de sufoco financeiro, falta dinheiro até para pequenos gastos, o que prejudica profundamente a empresa.
Para exemplificar nosso trabalho, vamos usar a tabela do fluxo de caixa do restaurante Cheirinho da Terra


Basicamente é preciso registrar um capital inicial* ou o próprio saldo que temos no banco e depois apenas as entradas e saídas de dinheiro. É simples, não é? Essa é a idéia do fluxo de caixa.

É preciso separar o custo fixo dos custos variáveis. Os fixos ocorrem independente das vendas, mesmo se a empresa não vender nada. Já os variáveis variam conforme as vendas de produtos ou serviços. (Por exemplo, o IPTU não ocorre todo mês e é um custo fixo, uma vez que não vendendo nada, também temos que pagar).
Atenção, devemos registrar todas as entradas e saídas. Pois, se houver uma compra fora da programação, esta precisa ser registrada. Com a correta utilização do fluxo de caixa, futuramente, você terá condições de analisar antecipadamente e poder tomar decisões com mais segurança.
Existem outras entradas além das vendas como rendimentos bancários oriundos de poupança ou aplicações. a média de faturamento do restaurante e, imediatamente, o valor médio das vendas é de R$ 10.000,00, e não temos sazonalidade,  as nossas vendas não variam significativamente em função do clima ou do época do ano. Uma sorveteria ou uma loja de roupa de praia, por exemplo, têm picos de vendas somente no verão.
Você percebe o quanto é importante termos uma previsão de entradas para, em cima desse valor, projetar os cálculos para mais adiante? Certamente o valor das entradas, R$ 10.000,00, no caso do restaurante, não será exatamente igual todos os meses.
Se a variação das entradas mensais é pequena, isso não afeta tanto as previsões. Para isso, é necessário estimar esses valores de forma que fiquem o mais próximo possível do real.
Depois de registrar no fluxo o saldo inicial e o total de entradas da empresa, vamos calcular o pagamento dos fornecedores, temos de adicionar a este valor aquela quantia adicional de R$ 1.080,00, referente ao pré-datado do mês anterior, que seria descontado pelos fornecedores.
Esse valor adicional que foi colocado na tabela estava fora da programação financeira do restaurante. Depois de aprender o funcionamento e a utilização do fluxo de caixa, vimos que não dá para comprear sem planejar.
- Vamos lançar então o pagamento para os fornecedores. Normalmente nossas compras mensais representam R$ 5.400,00. Nesse mês, temos que pagar a compra adicional que fiz. No total, vamos pagar aos fornecedores R$ 6.480,00
Com os registros das saídas dos fornecedores, havia chegado o momento de calcular os gastos com impostos e com as comissões dos garçons.
- Pagamos uma comissão aos garçons de 10% do total vendido no restaurante. Já os impostos, representam 5%, pois o faturamento de nossa empresa está entre R$ 91.000,00 e R$ 119.000,00 ao ano.
 - Esses são valores que variam de acordo com as vendas, mas, como aquí no restaurante essa variação é bem pequena, eles se repetem todos os meses.
Como estamos vendo, agora, vão incluir no fluxo as comissões e os impostos como outra saída de recursos. Com isso, é possível se programar para pagá-las. No caso do restaurante Cheirinho da Terra, essas saídas aparentemente são fixas. Porém, se o faturamento do restaurante variar, elas irão sofrer variação também pois são classificadas como variáveis.
Está vendo? Faltam apenas alguns dados para que a tabela do fluxo de caixa esteja, finalmente, pronta. Ao colocarmos os custos fixos, está fechada a inserção* de dados no fluxo de caixa. Depois disso, basta calcularmos as entradas menos as saídas para identificarmos nossas necessidades de caixa ou sobras de dinheiro.
O saldo inicial não deve ser considerado, pois o ideal é que as entradas sejam suficientes para cobrir as saídas, sem qualquer adicional.
A inclusão do saldo inicial só deve ser feita posteriormente, depois do cálculo das entradas menos saídas. A partir daí, você pode calcular o saldo inicial do período seguinte.
Essas medidas são úteis e vão ajudar a separar as entradas e saídas dos ganhos e perdas de capital. Caso contrário, confundimos tudo.


Pronto, fechamos nosso fluxo de caixa, viu como é simples?
Os valores em parênteses são negativos, ou seja, as saídas são maiores que as entradas.  Percebeu que ter um saldo a mais no banco não significa estar em boa situação financeira?
Depois de concluírem o seu fluxo de caixa, perceberam que estavam operando no negativo. Se eles não identificassem essa informação agora, provavelmente no futuro iriam falir.
Ficou mais claro, agora, entender a importância que tem um fluxo de caixa? Você costumava prever as entradas e saídas de recursos em seu negócio?

Já havia feito algo parecido para saber como anda a saúde financeira da sua empresa?

Pense bem…às vezes muitos de nós sequer temos controle das entradas e saídas de dinheiro em nosso próprio bolso!
Quantas vezes você já ouviu alguém próximo a você falar que, quando o salário entra, já está todo comprometido com contas a pagar? E mesmo assim, segue fazendo dívidas, usando o cartão de crédito e cheques pré-datados?
Muita gente acha que esse tipo de problema só ocorre quando se é assalariado, porém muitos repetem o mau hábito ao montar o próprio negócio e acabam gastando mais do que recebem. Quando menos espera, vê o seu sonho dar errado. Por que será?
Entender o porquê de um saldo negativo ou positivo de seu fluxo de caixa é o que diferencia muitas empresas que continuam firmes daquelas que desaparecem.  E você, o que pensa sobre essas questões?
Pois bem, agora vamos pontuar o que foi estudado até aqui.
Como vimos, o fluxo de caixa do restaurante Cheirinho da Terra foi elaborado para um período de seis meses.
Agora, pare um segundo e reflita sobre a seguinte questão: será que todos os fluxos de caixa devem ser feitos assim, considerando esse mesmo período?
Não necessariamente! O importante é observar as condições de pagamento que oferecemos aos nossos clientes, os prazos de compra e considerarmos um período histórico suficiente para embasar* a elaboração da análise. Percebe como cada caso é diferente? Você deve analisar qual o período mais adequado às demandas do seu negócio.
Outra coisa que pode variar é a forma como o fluxo de caixa é construído. Também depende da necessidade de análise de cada empreendedor. Ele pode ser detalhado de forma a colocar todas as contas ou resumido, agrupando as contas. Por exemplo: no fluxo do restaurante, eles citaram apenas fornecedores, de um modo geral. Não especificaram se era o fornecedor A, B, C ou D.  No seu caso, você pode detalhar, se achar melhor.
Você ficaria preocupado, ao verificar o resultado do fluxo? Como você reagiria?

Esse é um problema que requer preparação e atenção, a análise é necessária,  negativo, e sim verificar o porquê do resultado e decidir como agir. Tanto em um caso, como no outro, sempre há algo a fazer. isso é claro. Entretanto, o principal não é apenas enxergar um número positivo ou  negativo, e sim verificar o porquê do resultado e decidir como agir. Tanto em um caso, como no outro, sempre há algo a fazer.

Se o dinheiro sobra, o ideal é movimentá-lo, fazer um investimento para que ele se multiplique. Se o dinheiro falta, deve-se avaliar maneiras de corrigir o problema.
Esse é o assunto do próximo capítulo. Neste caso, verificamos que o resultado do mês fica negativo, mas, considerando o saldo inicial, o resultado fica positivo até o quarto mês.
Então, como eles conseguiram manter a empresa aberta, já que não estão tendo lucro? Como isto pode acontecer? Isso mostra que eles estão tendo que utilizar o capital de giro da empresa para cobrir esse saldo negativo.
O capital de giro é justamente o montante de dinheiro necessário para financiar as atividades operacionais da empresa. Ou seja, é o dinheiro destinado para cobrir todos os gastos de funcionamento do seu negócio. O capital de giro obedece a um ciclo que começa com o desembolso do dinheiro do caixa para a cobertura das despesas e finaliza com o recebimento das receitas obtidas com as vendas.
Pois bem, ótimo! Antes disso, uma boa pedida é realizar com atenção os exercícios a seguir. Vai ser muito bom para solidificar o que foi aprendido até aqui!
Um empresário está fazendo o seu fluxo de caixa. Ao calcular o resultado de entradas menos saídas, ele deve considerar o saldo inicial como entrada? Escolha apenas uma das alternativas.




Com base no que você aprendeu até aqui, analise com atenção as tabelas abaixo. Qual dos dois fluxos de caixas estão corretamente elaborados?




 


Você já leu ou ouviu que o fluxo de caixa é o aspecto mais importante da administração financeira? 

 
Você já leu ou ouviu que o fluxo de caixa é o aspecto mais importante da administração financeira? 

Nesta unidade você aprendeu que, conhecendo como se faz um fluxo de caixa, podem-se prever as faltas e sobras de dinheiro. É como se fosse uma bola de cristal, mas não tem nenhum mistério. Todo mundo pode usar…
2.1 Analisando os Resultados do  Fluxo de Caixa
Na unidade passada, como fazer o fluxo de caixa de uma empresa. Você viu o quanto é simples e útil essa ferramenta, não foi?
Pois bem, nesta unidade, vamos aprender a analisar os resultados do fluxo de caixa. Vamos utilizar as informações contidas nele para melhorar o desempenho de sua empresa e conhecer possibilidades de assumir compromissos.
Depois de ter visto o fluxo de caixa da unidade anterior, o que você descobriu?
Para você, sobrar dinheiro é uma boa situação?
Como você faria para descobrir quais os motivos da sobra de dinheiro?
E, quando falta, como saber exatamente qual o motivo que está contribuindo para isso?
Depois de ter feito um fluxo de caixa, você seria capaz de analisá-lo?

Lembra que, na última unidade, construíram o fluxo de caixa do restaurante Cheirinho da Terra?
Pois bem, agora vamos procurar entender porque deu aquele saldo negativo no fluxo.
Vale a pena relembrar que a empresa tinha uma soma de dinheiro no banco, mas, mesmo assim, houve saldo negativo. O fluxo de caixa constatou que a empresa entraria no vermelho num prazo de seis meses. Ou seja, eles teriam que pensar numa solução para tornar o saldo da empresa positivo e resolver a situação.
Como vimos, muitas vezes alguns empresários não se programam corretamente e, quando aparecem sobras, acham que está tudo bem.
Porém, no outro dia, acontece uma falta muito maior que a sobra anterior. Se o empresário gasta o dinheiro que sobrou, terá que pagar juros e multas para saldar seus pagamentos.
Identificado o problema, a solução. Em outras palavras, é preciso traçar uma estratégia* de vendas e de custos para mudar a situação. Analisar detalhadamente cada custo e estabelecer o nível mínimo de estoque - just in time, ou seja,  ter um estoque mínimo e ir adequando a compra programada de acordo com as vendas, é parte da estratégia para solucionar o problema.
Na análise das alternativas, para aumentar a receita do restaurante, além de controlar os gastos, seria preciso tratar da outra parte da estratégia que é a parte de vendas:
A empresa deve ser analisada como um todo, pois qualquer decisão interfere em todos os setores. Devem ser analisados outros fatores além do financeiro para chegar nesse equilíbrio.
Pois é, perceberam a falta que faz um fluxo de caixa! Se não tivessem visto na prática como essa ferramenta pode ajudar uma empresa, talvez eles não ficassem entusiasmados para fazer o fluxo, com tanta presteza*.
Com certeza, a partir de agora, vai ficar mais fácil. Percebemos com o case do  restaurante Cheirinho da Terra, que qualquer pessoa tanto é capaz de fazer quanto de analisar um fluxo de caixa. 

Marque a alternativa correta:




Muitas vezes as pessoas sabem da importância de um determinado procedimento, ouvem falar que é bom e até concordam, mas, por uma questão de paradigma*, há quem não o coloque em prática em sua vida. Esse “vício” de deixar sempre para fazer depois algo importante acaba atrasando a própria evolução de quem quer que seja.
Vimos que a análise do fluxo de caixa é importante não só para acompanhar o dia-a-dia de uma empresa, mas também para prever acontecimentos de sobras ou faltas de caixa, que auxiliem na tomada de decisão.
Se você sabe antecipadamente que, em três meses, sua empresa vai começar a ter sobra em caixa, é muito mais fácil planejar o que fazer com esse dinheiro, não acha?
Da mesma maneira, se você sabe com antecedência que vai ter um déficit*, pode se programar para tomar uma atitude antes que o problema cresça ainda mais…É isso aí, a análise dá a idéia do futuro da empresa e permite provisionar* as sobras ou as faltas no caixa para planejar as estratégias.
Você percebeu que quando há sobras de recurso no caixa, podemos utilizá-las investindo em compra de matérias-prima ou mercadorias, em aplicações financeiras ou mesmo reserva de capital de giro?
O importante é que o dinheiro não fique parado! Afinal, se você quer que sua empresa cresça, é preciso que o lucro aumente. E não há lucro sem investimento.
Uma observação importante: fique atento(a) ao analisar os saldos! É comum alguns empresários deixarem de considerar algumas despesas e com isso,  constarem saldos positivos que não são concretos nas projeções.
Esse tipo de engano é muito comum. Ocorre com todas as pessoas, inclusive as que não são empresárias. Muitas vezes fazemos o cálculo justo de uma determinado gasto e não contamos com os imprevistos ou gastos adicionais* que, somados, acabam fazendo diferença no orçamento.
Um bom exemplo dessa situação são as reformas e as construções. Sempre aparece algum gasto extra! Por isso, o melhor é considerar todas as despesas com muita antecedência antes de tomar qualquer decisão de gastar!
Analise cuidadosamente seus custos. Como vimos, quando o saldo for negativo, não adianta se desesperar, achar um possível culpado para o problema e despejar sobre ele todas as angústias. Isso não vai resolver nada. É preciso analisar porque o fato ocorreu, verificar como está a situação de contas a pagar, analisar os prazos com fornecedores, ver se há atrasos nos recebimentos, descasamento entre recebimentos x pagamentos. Procure perceber se há uma evolução ou queda nas vendas.
Se as vendas não estão evoluindo, isso pode provocar problemas por falta de capital de giro. No caso em estudo foi exatamente isso o que ocorreu: os recebimentos vinham somente através das vendas no restaurante Cheirinho da Terra e esse valor se mantinha sempre o mesmo, todos os meses. Os gastos, entretanto, estavam aumentando.
A reserva que eles pensavam que tinham logo se transformou em saldo negativo, lembra? Para reverter isso, é preciso reavaliar prazos, ver as datas dos recebimentos e dos pagamentos e, se for possível, reduzir gastos. Ou seja, procurar meios de reestabelecer o fluxo de caixa.
E se as vendas estão em queda, o que fazer?
São necessárias estratégias de reversão de resultados. Neste caso, precisa-se implementar ações para corrigir o saldo, que começam com ações de melhoria interna: incremento* na produção, no atendimento, na divulgação, etc.
Pode-se constatar também que, com o aumento nas vendas, há a necessidade de se investir mais. Imagine se tivessem um aumento na frequência de clientes em seu restaurante. Como dariam conta dos novos pedidos e atender bem a um maior número de pessoas?
Certamente eles precisariam contratar mais funcionários, fazer mais compras para o estoque, ou seja: teriam mais gastos. O investimento para pôr em prática tais medidas, por sua vez, pode acarretar juros e, até mesmo, a inadimplência, se não for muito bem planejado…
Para não passarmos por isso, algumas ações emergenciais de reversão de saldo negativo devem tomadas:


Precisamos nos lembrar: quando se fala de empréstimos bancários e desconto de duplicatas, devemos considerar as altas taxas de juros que o mercado pratica atualmente. Portanto, toda atenção é pouca, ao lidar com o mercado financeiro!
Em relação a empréstimos bancários é importante colocar os pagamentos e as amortizações* dentro das previsões de fluxo de caixa e ainda ficar atento à cobrança de juros para não acarretar problemas sérios de endividamento ao invés da reversão dos saldos negativos. É bom se ligar nesses detalhes, pois, no final das contas, você pode estar criando um problema ao tentar resolver outro!
Agora, vamos colocar todo esse aprendizado em prática!
Elabore a previsão do seu fluxo de caixa com base no modelo que vimos neste curso. Preencha a tabela do fluxo de caixa com os dados da sua empresa!
Depois, vá até o Plano de Investimento. Lá, você pode organizar todas as informações que o ajudarão a decidir sobre o futuro investimento. Essa ferramenta também auxilia na projeção do seu fluxo de caixa e também na análise de como e por que realizar um investimento. Além disso você vai poder mensurar exatamente o quanto se deve investir.
Quer ver um modelo de Plano de Investimento para servir como guia?
A partir do modelo apresentado,  abra e construa o seu próprio Plano de Investimento!
Agora, você já tem mais clareza sobre estas questões. Depois de ter feito o fluxo de caixa de sua empresa e ter analisado os resultados encontrados, reflita sobre como uma simples atitude sua pode mudar os rumos do seu negócio.


EPÍLOGO


“O silêncio é a oração dos sábios. Sem a oração do silêncio é impossível pensar antes de reagir. Sem pensar antes de reagir é impossível não cometer erros crassos.”
Boa noite e até a próxima aula, espero por voces.
Que DEUS nos abençoe a todos !